domingo, 22 de maio de 2011

Por que o simples parece complexo?

Estive pensando nas milhares de pessoas que se decepcionaram ontem, dia 21 de maio, visto que, doutrinados por um certo cidadão americano, esperavam o fim do mundo. Bem, hoje dia 22 de maio é o dia em que estou escrevendo este artigo. Ao que tudo indica, como esperado por todos aqueles que fundamentam sua fé em Cristo e não em homens, a previsão do fulano falhou. Com isso lá vai mais um nome (Harold Campimg) para  a gigantesca lista de falsos profetas que tem surgido em meio aos séculos, em especial na nossa geração. Interessante é que o mesmo já tinha falhado prevendo o fim do mundo em 1994, contudo o que é lamentável é saber que ainda assim ele conseguiu persuadir milhares de pessoas que novamente cairam no engano.

O que quero dizer com estas colocações, bem como com o por que do titulo deste artigo, tem se tornado muito evidente na conduta religiosa de muitas pessoas. Eu fico admirado em ver a maneira como alguém que se diz cristão se mostra tão néscio em relação a simplicidade do cristianismo. E de fato esta é a questão- o simples!
Por acreditarem que a salvação em si não é tão simples de ser alcançada, se auto condicionam a ter que realizar coisas extra naturais, ou seja, procuram fazer algo mais do que simplesmente viver e obedecer naturalmente os ensinos de Jesus, que de uma maneira em geral, convergem num único ponto, o amor. 
Jesus nos convidou a amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Aqui está toda a lei, todo o plano, toda a relação entre Deus e a humanidade. 

Deveria ser algo mais simples do que a maioria tem feito e o problema todo está na religiosidade que sustentam. A pessoa religiosa se ilude tentando trocar o amor por um punhado de coisas que faz sistematicamente para no final dizer para si mesmo que sua parte foi feita, como um tipo de desencargo de consciência. 
Eu vejo isso todos os dias em grupos cristãos. Por não se aplicarem a prática do amor começam a vasculhar as escrituras em busca de algo que não pareça tão simples, como por exemplo se colocar debaixo de práticas presentes na antiga lei, cujo sua observância fora deixada de lado, como por decreto, com a chegada da nova aliança. Desta forma, alguns voltam a guardar dias, santificar lugares e pessoas, abraçam costumes culturais como: não coma isso, não use aquilo, e a cada dia acrescentam uma nova linha na lista, geralmente sob uma ótica mística e ritualista, do que se pode e não fazer para serem achados dignos de receber algo da parte de Deus. A questão, tão difícil de entenderem, é que nada do que possamos fazer pode nos tornar dignos de algo provindo de Deus e é exatamente por isso que Jesus veio a nós. Se não estivermos em Cristo e Ele em nós continuamos condenados, e como João escreveu: nada podemos fazer. 

Tenho uma forte inclinação, por fé, de que somos a última geração visto tantos sinais que se mostram todos os dias, porém não posso deixar de atentar para o fato de que acompanhado desta apostasia e tudo mais, Jesus nos diz que o amor de quase todos esfriaria. Quase todos é muita gente! Logo, onde eu me encontro hoje diante deste fato?
Posso acreditar que amo a Deus, e estou me esforçando para que este amor cresça a cada dia, mas será que estou de igual modo procurando amar o meu próximo? Será que a minha fé anda de mãos dadas com as minhas obras em amor? Num mundo de caos e ódio crescente, os filhos de Deus serão luz e sal da terra exatamente pelo amor que eles expressam de uns para com os outros, mas aonde está este amor? Nós não temos dificuldade alguma em amarmos a nós mesmos, é até bem simples e natural, mas quando se trata de cumprir o "amar ao próximo como a ti mesmo" a coisa toma outras proporções, já não é tão simples, mas sim demasiadamente complexo. Agora eu pergunto: será que de fato entendemos a mensagem da cruz? Será que estamos realmente receptivos e dispostos a corresponder com os ensino daquele o qual chamamos de Mestre?
Em meio a todos estes anos, eu corri pra todos os lados, eu aprendi muitas coisas, eu me mostrei ignorante em muitas outras, perdi muito tempo com minhas razões e empreguei muito esforço em busca de resultados que não me leveram um metro a mais próximo de Deus, e agora, ou melhor, desde que passei a olhar com sinceridade para o meu coração, eu acredito que tenho tido mais momentos de lucides diante do Senhor e é por isso que hoje posso afirmar que, embora tenhamos por complexo a mensagem mais verdadeira, o místério mais profundo da revelação de Cristo para a humanidade, o amor é sim, tão simples como a vida que se sustêm unicamente pelo sopro do criador. A pessoa de Jesus descreve este amor da forma mais completa que alguém seria capaz de expressar e  a propósito Ele era humilde e levava uma vida simples. 
Agora, deixemos de perder tempo com coisas que não edificam, que não refletem este amor de Deus para outros. Se é que recebemos este amor, devemos tê-lo a ponto de transbordar para todos os que estão a nossa volta. Esta de fato é uma das mais sublimes manifestações presente na vida de um verdadeiro cristão. As demais coisas talvez sejam meramente orgulho carnal e vaidade.

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