quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ceia



Realizamos uma ceia dia 18/09. Estava um dia de sol maravilhoso e passamos um tempo muito precioso onde juntos, com muita alegria, confirmamos nossa fé em nosso Salvador Jesus partindo o pão, símbolo do Seu corpo e participando do suco da vide, simbolizando o Seu sangue, o sangue da nova aliança. Não há como pensar em voltar a praticar aquele modelo de ceia ritualizada cheia de pesar, restringida a um farelo de pão e um minúsculo copinho de vinho celebrado por pessoas que mal se conhecem, pois após o encerramento de suas reuniões cada um volta para sua casa e segue com sua vida não compartilhada.
É lamentável o que a igreja moderna tem feito com este momento tão maravilhoso que acredito ser um dos pontos mais sublimes da comunhão do corpo de Cristo, momento este em que podemos juntos, em memória dEle, agradecermos e expressarmos nossa esperança e fé em Sua promessa que diz que muito em breve Ele voltará para nos levar para um lugar que de ante-mão nos foi preparar.
Nos tempos bíblicos a Páscoa era a sombra da última ceia que Jesus celebrou com seus discípulos, da mesma forma que hoje nós celebramos a ceia profeticamente, pois um dia estaremos celebrando-a junto a Jesus na ceia das bodas do Cordeiro.(Ap 19:9) Será um dia glorioso!
Qualquer ceia em si, trata de um momento intimo em familia e a família por sua vez é formada por pessoas que passam tempo juntas, exercendo comunhão real, diariamente. Como cristãos, sendo uma familia em Cristo, celebramos juntos, como um povo unido e separado deste mundo. Não é um momento de tristeza, mas sim de alegria espontânea, pois estamos todos olhando para o futuro, desejosos do instante em que vamos vê-Lo em glória e então conhecê-Lo assim como somos conhecidos por Ele. São momentos de festa que nos remetem com esperança àquele dia quando participaremos de um grande banquete celestial.(Mt 8:10) Quando começamos a olhar para o propósito real da ceia, percebemos claramente que o que a religião fez com ela não tem sentido algum.
Nossa celebração através da ceia é a proclamação do retorno de Jesus, mas infelizmente o emocionalismo, entretenimentos e programações vazias tem afastado as pessoas da esperança de Sua volta e de uma eternidade no céu. A igreja tem criado um leque de prazeres momentâneos e incrivelmente estão amando suas invenções.
Bem, se não há comunhão real, realmente não há nada que celebrar, então um farelo de pão e um dedal de suco talvez sirva bem a este propósito.
A comunhão poderia se dizer que é uma antecipação do céu, logo quando perdemos nossa esperança no céu, perdemos a razão profética da comunhão, passando a comemorar um Jesus histórico ao invés de Jesus ressucitado e assim nos concentramos em fazer aquilo que nos agrada e não o que agrada a Ele.(Col 1:3-5)
Só podemos proclamar unidade se tivermos comunhão do contrário tudo não passa de gestos educados, ética e política. Precisamos entender que a realidade da nossa unidade, a finalidade da nossa comunhão e nossa relação com o Senhor deve estar acima de êxtase e euforia. Nossa alegria deve ser a alegria de outros irmãos, Paulo expressou isso em (2 Co 2:3). Devemos parecer patéticos ao sabermos e falarmos tanto sobre comunhão enquanto irônicamente não nos dispomos o mínimo para exercê-la. Vemos tão pouco as curas de relacionamentos, brigamos, nos dividimos, não perdoamos, não nos importamos, e eu pergunto isso seria arrogância ou ignorância? Será que temos comunhão uns com os outros? "É por isso que há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.(1 Co 11:29-30) Seria adequado remover o real sentido da comunhão para atender a uma religião que celebra a ceia numa atemosfera fúnebre e sombria, onde curvam suas cabeças tentando dar algum sentido ao que estão fazendo, em vez de vivermos uma vida que celebra nossa união com Ele?

Luciano Silva

0 comentários:

Postar um comentário

 
;